Cada vez mais mulheres com medo!

Fui violentada! O que fazer?

O tema não é novo, mas não custa relembrar. A violência contra a
mulher é um problema social recorrente em várias partes do
mundo. Ainda hoje, milhares de casos de violência, registrados ou
não, causam traumas e afetam a vida das mulheres. Através de
profundas pesquisas sobre o tema e coleta de dados com
instituições voltadas para esse tipo de atendimento específico,
visando ajudar aqueles que precisam deste apoio, nós iremos
apresentá-los o que é este problema e como uma mulher pode se
defender dos casos de violência na cidade de Juazeiro.
Primeiramente, é preciso reconhecer qual o tipo de violência
sofrida pela vítima no caso.

Você sabe quais são os tipos de
violência contra a mulher? Atualmente existem cinco tipos de violência, sendo elas: física, psicológica, sexual, patrimonial e
moral.

A violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda a
integridade ou saúde corporal da mulher, praticada com o uso de
força, que machuca a vítima de várias maneiras, ou ainda com o
uso de armas. Por exemplo: bater, chutar, queimar, cortar e mutilar.
A psicológica, se refere à condutas que causem dano emocional e
diminuição da auto-estima da mulher. É muito comum nesse tipo de
violência a mulher ser proibida de trabalhar, estudar, sair de casa,
viajar, falar com amigos ou parentes, além de ser manipulada pelo
agressor a se sentir desequilibrada, fazendo-a duvidar de seus
pensamentos e posicionamentos. É uma maneira de abuso no qual
informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer
o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a
vítima duvidar de sua memória, percepção e sanidade.

A violência sexual é caracterizada como qualquer ação que
constranja a mulher a presenciar, manter, ou participar de uma
relação sexual forçada, quando é obrigada a prostituir-se, fazer
aborto, usar anticoncepcionais contra sua vontade, ou quando a
mesma sofre assédio sexual mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso de força, que induza a comercializar ou utilizar de
qualquer modo a sua sexualidade.
A patrimonial importa em qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de objetos pertencentes a
mulher, como instrumentos de trabalho,documentos pessoais,
bens, valores, direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades.

A violência moral importa em calúnia, quando o agressor afirma
falsamente que aquela praticou um crime que não cometeu, difamação, fatos que maculem a reputação, injúria ou ofensa à
dignidade da mulher, ocorrendo principalmente pela internet.
Agora que conhece os tipos de violência e sabe identificá-las,
conheça as consequências que elas podem trazer.
Entre as principais consequências sofridas estão: sentimentos de
aniquilação, tristeza, desânimo, solidão, estresse, baixa autoestima,
incapacidade, impotência, ódio e inutilidade. Isso sem contar com
as doenças que se desenvolvem através disso, sendo: obesidade,
síndrome do pânico, gastrite, doenças inflamatórias e imunológicas,
mutilações, fraturas e lesões. Além de mudanças comportamentais,
como: insegurança no trabalho, dificuldade no relacionamentos
familiar, dificuldades sexuais e obstétricas, desenvolvimento do
hábito de fumar e maior propensão a acidentes.

Conhecendo esses aspectos, eis a hora da denúncia. O que
preciso fazer para denunciar um caso de violência contra a mulher?
Saiba quais órgãos você pode acionar e quais as funções delas em
relação a denúncia.
Em Juazeiro temos a DEAM, Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher, que tem por princípios assegurar
tranquilidade a população feminina vítima de violência através das
atividades de investigação, prevenção e repressão dos delitos
praticados contra a mulher, além de auxiliar as mulheres agredidas,
seus autores e familiares a encontrarem o caminho da não
violência, através de trabalho preventivo, educativo e curativo
efetuado pelos setores jurídicos e psicossocial. Está mais voltada
ao atendimento direto à mulher em relação à violência ocorrida.
Como fazer uma queixa à DEAM? Para fazer uma queixa na
DEAM, a vítima precisa ir à delegacia, que atende presencialmente
(mesmo com a pandemia e seguindo os protocolos) no período
diurno das 8 às 12, e no período vespertino das 14 às 17. O atendimento recorre às vítimas que sofreram quaisquer tipo de
violência contra a mulher.
Como a vítima é protegida pela DEAM? Quando ocorre uma queixa
que relata a violência física ou sexual, especificamente, a vítima é
encaminhada para o corpo de delito e depois, o caso é
encaminhado à justiça, solicitando-se a medida protetiva. Essas
vítimas são acompanhadas pela ronda Maria da Penha e, caso o
agressor apareça pelas redondezas ele é preso em flagrante.
Segundo a psicóloga clínica Mary Scabora: “A mulher é violentada
toda vez que algo lhe é imposto. É violada em sua individualidade e
sua dignidade uma vez que perde o poder de decisão sobre seu
corpo.” Agora que conhece o problema e sabe como pode
resolvê-lo juridicamente, não se negue a proteger-se! Se você ou
outra pessoa conhecida sofreram estes crimes, busque defender-se
e garantir seus direitos como mulher e cidadã.


Escrito por Abigail e Agnes Cordeiro. (2° D)


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